segunda-feira, 31 de março de 2014

Fotos Escola Vivencial - Tempo Litúrgico (25/03/2014)



Tempo Litúrgico

Uma excelente aula ministrada por uma de nossas queridas coordenadoras da Escola Vivencial.
E teremos muito mais...

Obrigado Bendita!





 










HOMILIA DIÁRIA (31/03/2014)

Não permita que a discórdia semeie a divisão em sua vida

A divisão acontece quando não somos mais capazes de suportar as diferenças, porque queremos o mundo do nosso jeito, da nossa forma, da nossa maneira de pensar. Nós, muitas vezes, somos usados pelo mal e usamos o mal para semear a separação e a divisão no meio de nós.

”Todo reino dividido contra si mesmo será destruído;
e cairá uma casa por cima da outra” (Lucas 11,17).

A Palavra de Deus, hoje, nos dá a condição para vermos a ação do demônio no meio de nós; melhor ainda: a ação do diabo, ele é o ”diabolus”, aquele que divide, separa; aquele que não é a favor do que é unido e estável. Ele dividiu o Reino de Deus, separando-se dos anjos que fizeram a vontade do Senhor; a missão do diabo no mundo é justamente esta: lançar a divisão e a separação.

Vivemos em um mundo dividido pela desigualdade, vivemos em um mundo dividido por limites geográficos, políticos e por tantas outras coisas. Mas a grande divisão não é esta, a grande divisão é aquela que está no fundo do coração humano, fruto do orgulho e da autossuficiência. Fato que leva, muitas vezes, o ser humano a acreditar que é melhor do que o outro, que é mais importante do que o outro e que pode mais do que o outro.
A divisão nos leva a nos acusarmos uns aos outros, colocando a culpa neste ou naquele e, então, não somos mais capazes de operar a conciliação e a reconciliação. Basta ver como se dividem nossas casas e nossas famílias; não estou falando de divergências e de diversidades de opinião e de expressões de vida, que são coisas saudáveis e maravilhosas, pois, na mesma casa, um pode pensar de um jeito, outro de outro; o marido pode ver de uma forma e a mulher de outra Isso não é a divisão a que me refiro.
A divisão [causada pelo mal] é quando um se põe contra o outro, quando um não é mais capaz de conviver com o outro; quando não somos mais capazes de suportar as diferenças, porque queremos o mundo do nosso jeito, da nossa forma e da nossa maneira de pensar. Nós, muitas vezes, somos usados pelo mal e usamos o mal para semear a separação e a divisão no meio de nós.
A divisão, muitas vezes, tenta reinar na Igreja, na casa de Deus, por intermédio dos grupos e das lideranças que, muitas vezes, estão à frente de nossa Igreja. E já vimos muita coisa de Deus se acabar, se destruir, não porque Deus quisesse, mas por causa da divisão e da desunião humana. Já vimos esse mal em nossas casas, em nossas famílias; por isso, neste tempo favorável, que é o tempo da Quaresma, precisamos pedir perdão a Deus por todas as vezes em que nos deixamos levar pelo espírito da divisão, pelo espírito da discórdia e, por todas as vezes que somos levados por este mesmo espírito a semear a discórdia, a divisão e a separação no Reino de Deus e entre os irmãos.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
 
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

domingo, 30 de março de 2014

A Palavra do Pastor - Dom Sérgio da Rocha (4º Domingo da Quaresma) 30/03/2014

Alegra-te pela Cruz de Cristo!

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília

           O quarto Domingo da Quaresma é denominado Laetare, palavra latina correspondente ao início da antífona de entrada da missa: “Alegra-te!”, conforme anuncia o profeta Isaías: “Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Sacia-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s). Para expressar este espírito de júbilo, permitem-se, hoje, paramentos de cor rósea e a ornamentação do altar com flores.

            A cura do cego de nascença, narrada pelo Evangelho segundo João (9,1-41), ocorre no contexto da festa das Tendas ou dos Tabernáculos, uma das maiores festas em que o povo peregrinava para Jerusalém, recordando o modo como Israel viveu no deserto após a libertação da escravidão no Egito. Durante a festa, os sacerdotes tiravam a água da piscina de Siloé para derramá-la sobre o altar e durante a noite Jerusalém era iluminada por tochas acesas, especialmente no átrio do templo.

            A narrativa joanina ressalta a água e a luz, que são símbolos batismais. O homem cego foi lavar-se nas águas da piscina de Siloé, cujo nome significa “Enviado”, um dos títulos messiânicos de Jesus. Na fonte batismal, somos lavados e recebemos a vida nova em Cristo. Para curar aquele homem, Jesus utiliza a terra e a saliva, formando o barro, que nos recorda a criação do ser humano, descrita pelo Gênesis. Mediante o batismo, somos recriados, pois nele ocorre um novo nascimento, uma nova criação.

            Na figura do cego está representado cada um de nós. Somos levados à fonte batismal; nela, somos purificados e passamos a enxergar com a luz da fé, ao aceitar Jesus como “a luz do mundo” (Jo 8,12). O que foi curado da cegueira, ao encontrar-se com Jesus, exclamou: “Eu creio, Senhor!” (Jo 9,38). O texto nos mostra que para chegar a esta atitude, ele percorreu um itinerário de crescimento e purificação na fé, que se repete na vida de quem é conduzido à fonte batismal. Quando questionado sobre quem o havia curado, ele se referiu primeiramente “àquele homem chamado Jesus”, chamando-o depois de “profeta”, para finalmente prostrar-se diante de Jesus, numa atitude de fé e adoração, reconhecendo-o como o “Senhor”.  

            O que se passa na celebração do batismo se estende ao longo da vida batismal. Renascidos pelo batismo e iluminados por Cristo, somos chamados a viver como “luz no Senhor”, como “filhos da luz”, renunciando às “obras das trevas” e produzindo os “frutos da luz” indicados por São Paulo: “bondade, justiça e verdade” (Ef 5,8-9). 

HOMILIA DIÁRIA (30/03/2014)

Cristo é a luz que ilumina a nossa vida!


 Se hoje eu e você reconhecemos quão cegos andamos nesta vida, nos aproximemos de Jesus, aquele que é a Luz do mundo, e peçamos que Ele abra os nossos olhos e nos permita ver aquilo que a vida inteira não enxergamos. 

”E cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego” (João 9,6).

Este quarto domingo da Quaresma nos dá a graça de refletirmos sobre a luz e a cegueira. Primeiro, quem nasce cego ou torna-se cego, a grande dificuldade é não enxergar a luz; ele pode tocar, pode apalpar e perceber as coisas, mas falta a luz da visão; a luz para enxergar o que acontece no dia a dia e assim por diante.
Certamente este não é o maior dos males e não é nenhum grande problema para a humanidade, porque há muitos cegos que têm uma visão interior muito mais profunda, uma percepção das coisas, da vida e do mundo muito mais ampla do que nós, que muitas vezes temos dois olhos e enxergamos só o que queremos e o que não devemos e não enxergamos o interior das coisas, da alma e a profundidade da vida.
Hoje, quando Jesus cura esse cego, que Ele veio mostrar a situação interior que se encontra a humanidade, na qual predomina uma verdadeira cegueira, na qual não somos capazes de enxergar a Luz de Deus, a bondade de Deus e a verdade onde a verdade se encontra. Não existe mal espiritual mais sério para um filho ou para uma filha de Deus ser cego ou tornar-se cego espiritualmente falando. Porque você veja, quando a cegueira envolve o nosso ser, nós só conseguimos enxergar as coisas de forma limitada ou, muitas vezes, só aquilo que queremos enxergar.
Nós não somos capazes de ver a mão de Deus, a ação de Deus agindo, também não somos capazes de enxergar a profundidade das coisas; vemos as coisas de forma superficial.  Quando estamos envolvidos por essa cegueira, não somos capazes de enxergar uns aos outros, a importância do outro em nossa vida, aquilo que o outro significa para nós; enxergamos a vida a partir de nós e somos o centro do mundo.
A cegueira é uma coisa terrível, porque quando nos tornamos cegos vamos nos atropelando uns aos outros, passamos em cima das pessoas e não enxergamos quem está do nosso lado, nem quem está à nossa frente. A cegueira nos leva a nos machucarmos uns aos outros e não nos dá a possibilidade e a sensibilidade de perceber o alcance daquilo que falamos ou fazemos para as outras pessoas.
Do outro lado, nós contemplamos Jesus, que veio para iluminar a humanidade, veio para abrir os olhos daqueles que estão cegos. Se hoje eu e você reconhecemos quão cegos andamos nesta vida, nos aproximemos de Jesus, aquele que é a Luz do mundo, e peçamos que Ele abra os nossos olhos e nos permita ver aquilo que a vida inteira não enxergamos; nos permita ser mais sensíveis a tantas realidades ao nosso lado e, acima de tudo, a enxergarmos onde está a Sua vontade e a Sua mão que conduz este mundo.
Que Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

 
 
__________________________________________________________________________________________________________
Movimento de Cursilhos de Cristandade  - GED Brasília

sábado, 29 de março de 2014

Homilia Diária (29/03/2014)

A humildade é o caminho que nos conduz a Deus



Que Deus hoje nos conceda a humildade do publicano, que Deus nos conceda a humildade para sermos capazes de nos reconhecer como pecadores, que nós somos, e o tamanho de nossa fraqueza e de nossa miséria.

”O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!” (Lucas 18,13)

No nosso modo de nos relacionarmos com Deus existem duas maneiras, essas maneiras de nós nos relacionarmos com Ele é a maneira como nós dirigimos a nossa vida e também nos relacionamos uns com os outros. Nós, muitas vezes, podemos ser fariseus no nosso modo de proceder e assim também seremos no nosso modo de rezar. Nós nos achamos santos, justificados; achamos que somos bons, fazemos o que é correto; fazemos nossos deveres de casa, não fazemos extravagâncias, não cometemos grandes pecados.
Por outro lado, olhamos ao nosso lado e vemos tanta gente pecadora, tanta gente maldosa, tanta gente cometendo coisas abomináveis. Nós não, nós estamos justificados e é assim que nós olhamos o mundo e as pessoas. Julgamos, condenamos e nos absolvemos, nos achamos o máximo, nos sentimos muitas vezes justificados por aquilo que fazemos e acaba que a nossa oração é assim também!
Nós estamos sempre pedindo pelos pecadores do mundo, rezando por eles, por este, por aquele, pedindo: ”Senhor, converta fulano, converta sicrano”. E para nós pedimos: ”Senhor, conceda-me mais isso, conceda-me mais aquilo”. Às vezes, não entendemos por que a nossa oração não chega ao coração de Deus.
Do outro lado um publicano, símbolo daquele que tem pecados, mas, reconhece seus pecados, reconhece a sua indignidade; muitas vezes tem até vergonha de entrar na Igreja, de se aproximar de nós que somos de Igreja, de tocar no padre, porque se sente tão pecador. Do lado de fora da Igreja, na sua casa, onde se encontra, rebate no peito e diz: ”Senhor, tende piedade de mim, porque eu sou muito, mais muito pecador”. Essa oração chega no fundo do coração de Deus, porque não é a oração de quem se justifica, mas, a oração de quem reconhece as suas misérias, de quem muitas vezes não tem forças para se levanta, mas ainda tem visão para reconhecer seus erros, seus pecados e suas misérias.
Que Deus hoje nos conceda a humildade do publicano, que Deus nos conceda a humildade para sermos capazes de nos reconhecer como pecadores que nós somos e o tamanho de nossa fraqueza e de nossa miséria, para que clamemos do fundo do nosso coração: ”Senhor, tenha misericórdia e piedade de mim, porque eu sou pecador!”
Que Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
 
 
________________________________________________________________________________________
Movimento de Cursilhos de Cristandade  - GED Brasília

sexta-feira, 28 de março de 2014

HOMILIA DIÁRIA (28/03/2014)


 
Só ama o próximo quem ama a Deus de todo o coração
 

 
Quando eu amo a Deus com todo o meu coração e com toda a minha alma, eu sou capaz de amar o meu próximo, eu sou capaz de respeitar o meu próximo, eu sou capaz de reconhecer o lugar que ele merece no meu coração.

”O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!” (Marcos 12-28-31).

Os Mandamentos do Senhor não são pesados para nós, desde que saibamos colocar as coisas na devida ordem e no devido critério. Sim, é preciso ter prioridades em nossa vida; a vida de um ser humano, de um filho de Deus, começa a ficar bagunçada e a perder a ordem quando ele não estabelece critérios de prioridades.
E quais são as prioridades da nossa vida? A prioridade é aquilo que vem do fundo da nossa alma, as prioridades vêm das nossas paixões e de tudo daquilo que para nós é importante.
“Amarás o Senhor teu Deus com toda a sua força, com todo o teu coração, com toda a tua capacidade”. Saber colocar Deus em primeiro lugar significa ter os pensamentos de Deus, os sentimentos d’Ele e ser guiado por Ele. A voz interior d’Ele, que clama em nós, ordena, primeiro, a nossa vontade, pois quantas vezes nós temos vontades negativas dentro de nós? 

Quantas vezes vêm desejos dentro de nós que não são bons, são maus! Mas, se nós permitirmos que a voz interior, a voz de Deus, a qual nós encontramos um dia, comande a nossa vontade, nós poderemos discipliná-la mais. A voz de Deus, que comanda os nossos desejos e as nossas intenções, vai nos levar a cada dia a adorarmos o Senhor pela oração, pois quando amamos a Deus, nós acordamos sedentos d’Ele e dormimos com Ele dentro de nosso coração.
Quando nós amamos a Deus, nós O colocamos naquilo que fazemos; nós O colocamos em nosso trabalho, em nossas relações, nós O colocamos aonde nós vamos e onde estamos.
Amar a Deus não significa ser de Deus somente quando eu estou na Santa Missa, quando eu estou fazendo uma oração. Ser de Deus e amar a Deus significa colocá-Lo em primeiro lugar em todos os lugares e em tudo o que faço Ele ser prioridade para mim.
Quando eu amo a Deus com todo o meu coração e com toda a minha alma, eu sou capaz de amar o meu próximo, eu sou capaz de respeitá-lo e de reconhecer o lugar que ele merece no meu coração. É o amor de Deus que orienta todos os amores do nosso coração!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
 
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Convite Retiro Espiritual para Cursilhistas

Caríssimos, DECOLORES
 
Informamos que no período de 4 a 6/4/14 teremos um retiro espiritual, na Casa de Cursilhos, destinado apenas para curilhistas, em regime de clausura.
 
O pregador será o Pe. Norbey, nosso querido Assessor Eclesiástico, e o tema será "Pelo mistério da paixão, a vida é renovada". 
 
Faça logo a sua inscrição porque o número de participantes será limitado.
Um fraterno abraço.
 
Coordenação do MCC/GED

Hoje tem o Programa DECOLORES das 22:00 às 22:30h (27 /03/2014) na Rádio Nova Aliança. (Em novo horário.)

Programa Decolores a partir de hoje em novo horário
 
 

Homilia Diária (27/032014)

Não permita que a discórdia semeie a divisão em sua vida



A divisão acontece quando não somos mais capazes de suportar as diferenças, porque queremos o mundo do nosso jeito, da nossa forma, da nossa maneira de pensar. Nós, muitas vezes, somos usados pelo mal e usamos o mal para semear a separação e a divisão no meio de nós.

”Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra” (Lucas 11,17).

A Palavra de Deus, hoje, nos dá a condição para vermos a ação do demônio no meio de nós; melhor ainda: a ação do diabo, ele é o ”diabolus”, aquele que divide, separa; aquele que não é a favor do que é unido e estável. Ele dividiu o Reino de Deus, separando-se dos anjos que fizeram a vontade do Senhor; a missão do diabo no mundo é justamente esta: lançar a divisão e a separação.

Vivemos em um mundo dividido pela desigualdade, vivemos em um mundo dividido por limites geográficos, políticos e por tantas outras coisas. Mas a grande divisão não é esta, a grande divisão é aquela que está no fundo do coração humano, fruto do orgulho e da autossuficiência. Fato que leva, muitas vezes, o ser humano a acreditar que é melhor do que o outro, que é mais importante do que o outro e que pode mais do que o outro.
A divisão nos leva a nos acusarmos uns aos outros, colocando a culpa neste ou naquele e, então, não somos mais capazes de operar a conciliação e a reconciliação. Basta ver como se dividem nossas casas e nossas famílias; não estou falando de divergências e de diversidades de opinião e de expressões de vida, que são coisas saudáveis e maravilhosas, pois, na mesma casa, um pode pensar de um jeito, outro de outro; o marido pode ver de uma forma e a mulher de outra Isso não é a divisão a que me refiro.
A divisão [causada pelo mal] é quando um se põe contra o outro, quando um não é mais capaz de conviver com o outro; quando não somos mais capazes de suportar as diferenças, porque queremos o mundo do nosso jeito, da nossa forma e da nossa maneira de pensar. Nós, muitas vezes, somos usados pelo mal e usamos o mal para semear a separação e a divisão no meio de nós.
A divisão, muitas vezes, tenta reinar na Igreja, na casa de Deus, por intermédio dos grupos e das lideranças que, muitas vezes, estão à frente de nossa Igreja. E já vimos muita coisa de Deus se acabar, se destruir, não porque Deus quisesse, mas por causa da divisão e da desunião humana. Já vimos esse mal em nossas casas, em nossas famílias; por isso, neste tempo favorável, que é o tempo da Quaresma, precisamos pedir perdão a Deus por todas as vezes em que nos deixamos levar pelo espírito da divisão, pelo espírito da discórdia e, por todas as vezes que somos levados por este mesmo espírito a semear a discórdia, a divisão e a separação no Reino de Deus e entre os irmãos.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

____________________________________________________________________________________________
Movimento de Cursilhos de Cristandade  - GED Brasília

quarta-feira, 26 de março de 2014

Homilia Diária (26/03/2014)


O Evangelho de Jesus nos salva!

A Palavra de Jesus, por intermédio de Seu Evangelho,
nos traz a salvação plena.

”Eu não vim para abolir, mas para dar pleno cumprimento
à Lei e os profetas” (Mateus 5,17).

Nós olhamos para Nosso Senhor Jesus Cristo e vemos que muito daquilo que é a Sua pregação e a Sua mensagem do anúncio do Reino, por Ele proclamado, não têm muito a ver com aquelas pregações do Antigo Testamento, para muitos tidas como arcaicas, passadas e ultrapassadas, e assim por diante.
É verdade que o ensinamento do Antigo Testamento é cercado dos conceitos culturais da época em que aquele povo vivia, de forma muito primitiva, pois foi o primeiro conhecimento da Lei e da manifestação de Deus à humanidade. Tudo começa de forma muito arcaica e devagar, até se chegar a um conhecimento mais amplo; mas isso não significa dizer que o que é velho, antigo, está ultrapassado e não tem mais sentido. É o contrário disso, o novo existe para dar sentido ao que é velho, é a continuidade e a plenitude deste; por isso Jesus diz que Ele não veio superar, nem para desprezar ou desconsiderar a antiga Lei. O Senhor veio para dar pleno cumprimento à Lei existente e nos ensinar que nenhum de nós pode deixar de obedecer a esses mandamentos e ensiná-los aos pequenos de forma errada.
Precisamos entender, irmãos e irmãs, que, no mundo confuso em que nós vivemos, inclusive no contexto da vivência da fé cristã, muitas religiões querem basear suas pregações e seus ensinamentos de acordo com o ensinado no Antigo Testamento. Religiões que não observam o domingo, mas o sábado; religiões em que os fiéis não podem comer carne de porco, não podem doar sangue; não podem fazer isso, não podem fazer aquilo. Religiões que pegam alguns ensinamentos do Antigo Testamento e querem levá-los ao pé da letra em razão da ignorância ou do desconhecimento do sentido do cumprimento da Lei [cf. Mt 5, 17].
Jesus não está mais preocupado com as questões normativas da Lei, porque ela foi feita dentro de um contexto cultural de um momento, de uma época, como já disse. E tudo isso precisa ser entendido sob uma nova luz e quem traz uma nova luz, até mesmo para compreendermos as coisas antigas da Lei, é a vida que Jesus trouxe a nós. Por isso, nenhuma pregação do Evangelho pode ser deixada para trás sem levar em conta o Antigo Testamento.
Você veja que em nossas Santas Missas dominicais sempre há uma leitura do Antigo Testamento, a qual será depois iluminada pelo Evangelho, por uma passagem daquilo que Jesus ensinou. Contudo, nenhum ensinamento do Antigo Testamento pode prevalecer, orientar ou estar acima da mensagem de Jesus [nos Evangelhos]. A Palavra de Jesus, por intermédio de Seu Evangelho, é quem nos traz salvação plena.
Que sejamos atentos e sábios para não vivermos de preceitos antigos e vivermos a nossa fé de forma confusa. Quando conhecemos Jesus, nós conhecemos plenamente o coração do Pai.
Que Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova,
jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

terça-feira, 25 de março de 2014

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO e ESCOLA VIVENCIAL - HOJE - 25/03/2014

Amados Irmãos em Cristo,
 
DECOLORES!!!
 
Convidamos a todos os cursilhistas para nosso momento de Adoração ao Santíssimo, HOJE,  25, a partir das 18h00, no Santuário Arquidiocesano da Adoração Perpétua a Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, situado na Av L2 Sul, Quadra 606.
 
Também teremos hoje a Escola Vivencial a partir das 19h30 no salão da Paróquia Santa Cruz na 905 Sul.
 
Contamos com a presença de todos.  
Coordenação do MCC/GED.

Homilia Diária (25/03/2014)

Maria é a grande colaboradora no mistério da redenção!
 
 
 
A Virgem Maria é a grande colaboradora no mistério da redenção; é aquela que, com seu ”sim”, com sua entrega e com sua disponibilidade, permite a realização da operação mais maravilhosa que já houve na face da terra!
 
”Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”’ (Lucas 1,38).
 
Nós temos a graça de celebrar hoje a Solenidade da Anunciação do Senhor, por isso nós interrompemos o tempo que vivemos da Quaresma para entrarmos em sintonia com outro tempo de graça, que é o tempo do Natal. Nós, hoje, celebramos, com nove meses de antecedência, o princípio da Encarnação do Verbo Divino: a maneira como Deus entrou na nossa história para se fazer um de nós. Usaremos primeiro a opção de Deus ou a ação de Deus: foi Ele quem quis, foi Ele que escolheu o meio e o caminho para nos salvar.
Bendito seja Deus porque Ele não nos deixou sozinhos, não nos deixou no cativeiro da morte e do pecado, mas quis nos salvar; por isso, o Verbo Divino se encarna hoje no ventre de Maria. O divino se encontra com o humano e o humano se abre, como dom, para receber essa graça divina. De um lado Deus, que toma a iniciativa e do outro, a humanidade na pessoa da Virgem Maria, que se abre para receber esse dom de Deus.
Louvado seja Deus pelo ventre de Maria, louvado seja Deus pela disponibilidade e pela docilidade da Virgem Maria, que diz o seu “sim” a Deus e que se abre de corpo e alma para que nela se opere o mistério da salvação da humanidade!
A Virgem Maria é a grande colaboradora no mistério da redenção; é aquela que, com seu ”sim”, com sua entrega e com sua disponibilidade, permite a realização da operação mais maravilhosa que já houve na face da terra: é uma nova criação que se inicia no seu ventre. O mesmo Deus, que criou todas as coisas no princípio, agora cria uma nova humanidade, cria um novo Homem, um novo Adão, na pessoa de Jesus. Jesus não existia antes de Maria, humanamente falando, Ele existia na sua condição divina, como Verbo Divino. Cristo o Senhor se torna homem, Jesus Nosso Salvador, por essa união maravilhosa e sagrada do Espírito Santo, que se une à nossa natureza humana na pessoa de Nossa Senhora.
A Santíssima Virgem Maria não é divina, mas divinamente se abre para acolher a ação de Deus em sua vida. Ela agora é a nova mulher, a primeira recriada por Deus na nova humanidade que Ele começa a partir dela. Bendito sejas, nosso Deus, pelo ventre que Te acolheu, pelos seios que amamentaram Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Hoje, nós comemoramos o nascimento e o início de uma nova humanidade, nós celebramos com todo o amor, alegria, glórias aos céus, o “sim” de Maria, o “sim” redentor para todos nós!
Que Deus abençoe você!
 
Padre Roger Araújo
 
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
 
 
 
 
__________________________________________________________________________________________________________
Movimento de Cursilhos de Cristandade  - GED Brasília

segunda-feira, 24 de março de 2014

Homilia Diária (24/03/2014)

A indiferença com as coisas de Deus é um grande mal.
 
 
 
Valorize o dom de Deus que está perto de você, saiba acolher o melhor que há em cada pessoa!
 
”Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lucas 4,24).
 
Nesta passagem, Jesus, o Profeta enviado de Deus, se compara ao profeta Eliseu e ao profeta Elias; Ele mesmo dá o exemplo de que Elias não fez o milagre para o povo da sua região, ali de Israel, mas sim para uma viúva que era de Sarepta na Sidônia. Do mesmo modo ocorreu com o profeta Eliseu, pois embora houvesse muitos leprosos em sua época, quem foi curado pela intercessão dele foi Naamã, que era sírio (cf. 2 Reis 5).
O povo judeu reivindicava para si o direito de ser o único povo de Deus, o único povo a receber as benesses, as bênçãos, as graças de Deus; no entanto, o Senhor veio para todos e até aqueles que talvez tivessem mais direito de receber os dons de Deus, a graça de Deus, muitas vezes, não os recebem porque se comportam com uma total frieza e indiferença. E por isso, Deus dá os Seus dons, a Sua graça e Suas bênçãos a quem Ele desejar, a quem precisar receber essas graças. Não importa a nacionalidade, a região ou lugar no mundo, todos têm direito a receber a graça do Senhor.
Do outro lado, quando o Senhor diz que nenhum profeta é bem aceito em sua pátria, é bom lembrar o que acontece em nossas casas, pois, muitas vezes, os filhos não escutam seus pais, escutam todos da rua, menos os pais e os irmãos. E utilizam aquela famosa frase: ”Quem é você para falar alguma coisa para mim?”.
Quantas vezes, as pessoas se acostumam com o padre que já tem, com o pregador que já tem, aquele que já é dali, por isso dizem: “Não, nós precisamos de alguém de fora, esse aqui já é nosso, estamos acostumados com ele!”, e assim por diante. Nós, muitas vezes, não sabemos acolher os dons que estão próximos de nós, nem valorizar aquilo que Deus deu a nós e queremos buscar sempre fora aquilo que Deus nos deu. Por essa razão, desse modo vamos enfraquecendo a autoridade e a relação que o profeta, o pai, a mãe e aquele que Deus enviou a nós podem exercer sobre nós.
Porque, devido à nossa exigência de querer sempre o melhor, nós achamos que o melhor é quem está fora, é quem está distante. Esquecemos que o pai, a mãe, o irmão, o profeta, o padre e o pastor que temos são o dom que Deus nos deu. Se soubéssemos aproveitá-los melhor, valorizá-los muito mais, nós receberíamos, por intermédio da intercessão deles, mais graças de Deus do que pelas mãos de qualquer outro profeta.
Valorize o dom de Deus que está perto de você, saiba acolher o melhor que há em cada pessoa! O de fora sempre parece melhor, porque o de fora nós conhecemos a casca e, às vezes, tem tantos limites como os que nós temos perto de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
 
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
 
 
 
 
__________________________________________________________________________________________________________
Movimento de Cursilhos de Cristandade  - GED Brasília

domingo, 23 de março de 2014

A Palavra do Pastor - Dom Sérgio da Rocha (3º Domingo da Quaresma) 23/03/2014

Senhor, dá-me dessa água!

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
 
            O tempo da Quaresma, em preparação para a Páscoa, tem sido, desde as origens, um tempo batismal por excelência, marcado pela preparação dos catecúmenos para o Batismo e pela renovação das promessas batismais de toda a Igreja na Vigília Pascal. A Liturgia da Palavra dos domingos da Quaresma serve de itinerário catequético para os que se preparam para o Batismo e para os que renovam a vida batismal. Por isso, o tema da água, proposto pela Liturgia deste domingo, adquire um sentido ainda maior pelo seu caráter batismal.
 
            A primeira leitura, extraída do Êxodo, fala da água que Moisés fez brotar da rocha, na difícil travessia do povo pelo deserto rumo à nova terra. O povo purificou e amadureceu a sua fé atravessando o deserto. No deserto, chegaram a tentar a Deus duvidando de sua presença, conforme a pergunta que se encontra no final do texto proclamado: “O Senhor está no meio de nós ou não?” (Ex 17,7). Entretanto, no deserto o povo experimentou a misericórdia e o poder de Deus, como demonstra o episódio da água que brota da rocha. Deus caminha com o seu povo na travessia do deserto, saciando a sua sede. Diante disso, o Salmo 94, nos alerta: “Hoje não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do Senhor!”
 
            Somos o novo Povo de Deus que necessita de água para saciar a sede, especialmente quando passamos por situações de deserto representadas por provações, pelo cansaço, pela aridez, pela sede...  Onde encontrar esta água? A resposta está na belíssima narrativa do encontro de Jesus com a samaritana.
 
            O diálogo de Jesus com a mulher samaritana ocorre à beira do poço que era do patriarca Jacó, por volta do meio dia, marcado pelo sol forte e o calor. Jesus aproveita aquele momento para falar de outra sede e de outra água que sacia tal sede: “quem beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede” (Jo 4,14). No diálogo, Jesus se revela como a fonte da água viva. Mais tarde, ele dirá: “se alguém tiver sede, venha a mim e beba” (Jo 7,37). Assim como a samaritana, nós também somos convidados a pedir a Jesus, nesta Quaresma: “Senhor, dá-me dessa água” (Jo 4,15).
 
             Uma vez saciados, não podemos reter esta água somente para cada um de nós. Quem a recebe deve ser portador dessa boa nova, a fim de que outros também possam abraçar a fé em Cristo, como ocorreu com a samaritana. “Muitos creram por causa da sua palavra”, afirma o texto joanino. Por isso, nesta Quaresma, beba da fonte da água que sacia verdadeiramente a nossa sede, que é Cristo, e ajude outros a fazerem a mesma experiência.